Phast promete revolucionar a fisioterapia esportiva

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O PHAST foi lançado com o objetivo de aprimorar a avaliação fisioterápica para análise do perfil de risco de lesões.

 

É possível dizer que todo profissional que foi atleta um dia carrega a ânsia de promover melhorias ao esporte e seus praticantes. A partir daí, o profissional se insere em uma nova carreira e se entrega de corpo e alma em projetos que promovem a melhoria de vida e o desempenho de outros atletas, além de contribuir para o desenvolvimento do esporte.

 

 

Esta situação foi um dos motivos catalisadores para a criação do PHAST, vivida pela Doutora e Mestre em Ciências da Reabilitação, Natália Bittencourt, que conta um pouco sobre toda a construção do aplicativo PHAST e a metodologia de análise e avaliação fisioterápica que deu origem ao app.

 

Por que PHAST – Physiotherapy Assessment Tool? Como surgiu esse nome?

Natália Bittencourt – Precisávamos de um nome que fosse a cara da avaliação da fisioterapia e ao mesmo tempo caracterizasse uma mudança de imagem da fisio. Todos, algum dia, já fizeram fisioterapia e, às vezes, pode ser monótono e demorado. PHAST é o oposto disso, uma revolução no conceito da fisioterapia. Passa a ideia de resolutividade e eficiência.

 

Consideram que o app pode virar um marco de uma nova era na fisioterapia esportiva?

Com certeza. O PHAST tem o potencial de empoderar o fisioterapeuta, pois é baseado nas mais atuais evidências científicas e ao mesmo tempo agrega valor para o paciente e, assim, conseguimos valorizar o serviço e a entrega.

A avaliação fica tangível e robusta e não apenas com dados subjetivos, característica comum da fisioterapia. Neste sentido, esperamos que o PHAST seja parte do processo de mudança da fisioterapia, que já vem ocorrendo, pois a própria sociedade já procura o serviço de fisioterapia como resolução para dores musculoesqueléticas ou prevenção de lesões.

 

 

O Phast foi criado a partir de uma pesquisa onde foi desenvolvido um raciocínio clínico que facilita a avaliação fisioterápica, correto? Mas qual foi exatamente o momento de início, onde vocês puderam ver que todo o estudo poderia ser transformado no aplicativo?

Natália Bittencourt – Sim, exatamente. No final de 2014. Quando, durante nossas aulas na pós-graduação disponibilizávamos planilhas do Excel para registrar os valores dos testes e ajudar nas fórmulas para facilitar o uso de evidências científicas atuais na prática clínica. Então os alunos solicitavam muito nossas planilhas e um dia começaram a falar que elas poderiam ser transformadas em um aplicativo. Aí começamos a realmente pensar na ideia.

Em 2015 fui na incubadora de empresas da UFMG e comecei a estudar sobre startups, mas era necessário muita dedicação, então outros projetos pessoais passaram na frente do aplicativo. Até que no final de 2016, Luciana e eu decidimos colocar a ideia na prática. E meu pai foi um grande incentivador do processo, inclusive com planos financeiros e aporte de investimento.

 

 

Como foi o desenvolvimento da pesquisa para a criação de todo o projeto? Quanto tempo durou e qual foi a maior barreira durante todo esse processo?

Natália Bittencourt – Começamos a aprofundar sobre avaliação fisioterápica em 2007, quando iniciamos os estudos para o mestrado com atletas. Na época nosso maior sonho era levar a ciência para a quadra e o campo. A ideia era facilitar ao máximo os testes científicos para serem usados pelos fisioterapeutas do esporte. Para se ter uma ideia, existe um teste que avalia alinhamento do pé que demorou 8 meses para desenvolver nos moldes que hoje usamos e, assim, o fisioterapeuta consegue fazer em 3 minutos. A maior barreira foi conseguir o suporte financeiro para iniciarmos a realização da ideia. E são muitos detalhes que aprendemos no caminho. Toda a identidade visual, fluxo de navegação, usabilidade e a programação.

 

Quantas pessoas foram envolvidas no processo de desenvolvimento de pesquisa e de produção do aplicativo?

Natália Bittencourt – O desenvolvimento das pesquisas envolveu mais de 20 pessoas, entre alunos e fisioterapeutas que treinamos ao longo do mestrado e doutorado. Além de mais de 4 mil atletas avaliados.

Para o aplicativo em si, os investidores anjo tiveram papel crucial, pois eles acreditaram na ideia. Destacamos o meu pai, que ficou no nosso pé (risos), até sair o projeto do papel. E, claro, o Bernardo Chalfun, por todo o suporte financeiro e de gestão. Além de outros investidores que também nos incentivaram, como o fisioterapeuta Thiago Vilela que também acreditou na ideia e ajudou muito.

O Pedro Resende, programador, está fazendo um excelente trabalho, pois não é fácil traduzir o raciocínio clínico de fisioterapeutas para a linguagem computacional.

Finalmente, o Henrique Costa, nosso consultor de marketing, tem sido nosso braço direito para alavancar a ideia e vender com grande estilo. Traduzindo a linguagem da ciência para o grande público e possíveis investidores.

 

Visão de mercado: haverá investimento somente no mercado brasileiro ou buscarão campo em outros países?

O PHAST na verdade começou internacional. Fizemos o pré-lançamento no Congresso do COI (Comitê Olímpico Internacional), em Mônaco, então é evidente que pensamos em levar para os quatro cantos do mundo.

 

A versão final do aplicativo Phast foi publicada no dia 15 de setembro, e está disponível para download na Apple Store e Google Play.

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