Osteoartrose precoce em jogadoras de futebol aposentadas

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A osteoartrose de quadril e joelho (OAJ) é atualmente a 11ª principal causa de incapacidade em todo o mundo (Cross et al., 2014; Woolf et al.,2003). Enquanto a prevalência aumenta com a idade, a doença pode ser particularmente onerosa para jovens que ainda apresentam alta demanda e expectativas em relação ao seu nível de atividade física e capacidade de trabalho (Ackerman et al., 2017; Roos EM., 2005).

As principais causas do aparecimento precoce de OAJ em jovens são lesões prévias no joelho e certas atividades esportivas (Roos EM., 2005). Atletas profissionais de esportes de alta carga no joelho e alta incidência de lesões nessa articulação, possuem um risco aumentado para o desenvolvimento de OAJ precoce (Driban et al., 2017; Fernandes et al., 2018; Iosifidis et al.,2015; Tveit et al., 2012).

Apenas dois estudos (Lohmander et al., 2004; Prien et al., 2017) foram feitos focados em ex-jogadoras de futebol, mas tiveram sua capacidade de avaliação limitada, deixando uma lacuna importante na literatura. Sabe-se que a prevalência de OAJ na população geral e os danos relacionados a doença em jovens adultos (15-49 anos) são maiores em mulheres do que homens (Ackerman et al., 2017; Cross et al., 2014).

Nesse contexto, Prien et al., 2019 avaliou quarenta e nove ex-atletas profissionais do futebol feminino alemão com e sem lesão prévia no joelho, utilizando ressonância magnética (RM), questionário Knee Osteoarthritis Outcome Score (KOOS) e entrevista semiestruturada, com o objetivo de encontrar a relação de alterações degenerativas na articulação tibiofemoral, com sintomas de osteoartrose e lesões prévias no joelho.

 

Os achados do estudo mostraram alta prevalência de alterações degenerativas graves nos joelhos de jogadoras de futebol aposentadas, com um impacto significativo em sua qualidade de vida, onde mais da metade relatou sintomas importantes relacionados a OAJ.

O tipo de lesão parece desempenhar um papel importante na prevalência de alterações degenerativas. Jogadoras com lesões combinadas de LCA e menisco tiveram 15 vezes mais chances de apresentar perda condral e 10 vezes mais chances de ter perda meniscal importantes, em relação as sem lesão. Além disso, a lesão isolada do menisco aumentou significativamente o risco de perda condral, enquanto a lesão isolada do LCA não.

A literatura já suporta o reparo meniscal ao invés da remoção da estrutura (Seil et al., 2016; Stein et al., 2010; Weber et al., 2018). Também, se faz necessário a inclusão de programas eficazes de prevenção de lesões em joelhos de atletas ativas, uma vez que preservar a função meniscal parece ser a chave para prevenir e/ou retardar o surgimento de OAJ em jovens adultos, melhorando a condição do joelho a longo prazo.

Dessa forma, através de uma boa avaliação o fisioterapeuta pode identificar fatores que auxiliem na prevenção de lesões de joelho. O PHAST é uma excelente ferramenta de avaliação fisioterápica que ajuda a guiar o raciocínio clínico do fisioterapeuta no contexto preventivo.

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