Como fatores biomecânicos podem influenciar a incidência de lesões em corredores?

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A corrida é uma prática esportiva comum em nível recreativo ou competitivo e apresenta uma alta taxa de recorrência de lesões. Dor femoropatelar, síndrome da banda iliotibial e fraturas por estresse da tíbia e metatarsais foram identificadas como lesões altamente prevalentes em corredores (Taunton et al., 2002). Embora os fatores causais das lesões na corrida sejam multifatoriais, sabe-se que a biomecânica da corrida desempenha um papel importante no desenvolvimento das lesões (Souza, 2016).

Estudos recentes identificaram fatores biomecânicos que podem contribuir para lesões prevalentes em corredores (Noehren, 2012, 2014; Milner, 2007; Edwards, 2009), no entanto, a maioria desses estudos usou métodos tecnológicos avançados, que são normalmente caros e incomuns na prática clínica. Embora algumas variáveis ​​associadas a lesões por corrida exijam equipamentos de alta tecnologia, como esteiras instrumentadas e sistemas de captura de movimento tridimensional (3D), muitas das alterações cinemáticas identificadas em corredores com lesões podem ser medidas usando um modelo simples bidimensional (2D) com análise de execução baseada em vídeo, utilizando ferramentas prontamente disponíveis e razoavelmente baratas.

Dessa forma, Souza (2016) criou um plano de análise baseado em um modelo bidimensional (2D) capaz de fornecer informações sobre variáveis biomecânicas da corrida. Entre as variáveis destacadas no estudo, estão o padrão de pisada, ângulo de inclinação do pé no contato inicial, deslocamento vertical do centro de massa, cadência, ângulo de pronação do pé, entre outras.

Embora nem todas essas variáveis biomecânicas sejam citadas pela literatura como fatores de risco, é recomendável que elas sejam analisadas em conjunto com a história clínica, exame físico, bem como com outros fatores, para que então seja criado o perfil de risco do paciente.

Nesse sentido, o PHAST é uma ferramenta de avaliação fisioterápica que possui diversos testes que auxiliam na identificação do perfil de risco de atletas, além de guiar o raciocínio clínico do fisioterapeuta no contexto de reabilitação e prevenção, auxiliando na tomada de decisões mais assertivas.

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