Meniscectomia parcial é superior a cirurgia placebo?

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A meniscectomia parcial artroscópica (MPA) é um dos procedimentos cirúrgicos ortopédicos mais comuns (Hall et al., 2017; Abram et al., 2019), minimamente invasivo realizado através de artroscopia, onde é retirado a parte comprometida do tecido meniscal. Os defensores do MPA apontam a melhora da dor no joelho, função e qualidade de vida após a cirurgia como evidência de sua eficácia. Porém alguns estudos fornecem fortes evidências de que na melhor das hipóteses a MPA oferece poucos benefícios em curto a médio prazo para a maioria dos
pacientes com doença degenerativa do joelho em comparação com cirurgia placebo ou tratamento conservador.

Existe o argumento de que uma ruptura do menisco não tratada aumenta o risco de osteoartrite do joelho (OA). Entretanto, dados sugerem que o MPA também está associado ao aumento do risco de progressão da OA do joelho, além da possível necessidade de cirurgias “corretivas” como osteotomia tibial alta ou artroplastia total do joelho (Winter et al., 2017; Roemer et al., 2017).

O risco de complicações graves dentro de 90 dias do MPA é provavelmente baixo (<0,3%) (Abram et al., 2018). No entanto, qualquer indicação de possível efeito prejudicial a longo prazo deve causar preocupação, visto que o MPA provavelmente não confere benefício adicionais ao tratamento não cirúrgico.

Assim, Sihvonen e colaboradores conduziram um estudo multicêntrico, randomizado e duplo cego, no qual um grupo de participantes realizou a cirurgia e outro realizou cirurgia placebo, com o objetivo de avaliar se o MPA acelerou ou retardou o desenvolvimento de osteoartrite de joelho em pacientes com ruptura degenerativa do menisco medial verificada artroscopicamente (Sihvonen et al., 2013).

Após o acompanhamento de 5 anos, os dados indicaram que:

  • 72% (48 de 67) dos participantes no grupo MPA e 60% (44 de 74) do grupo de cirurgia
    placebo tiveram progressão de ao menos um grau na escala de OA radiográfica do joelho.
  • Participantes de ambos os grupos relataram melhora nos sintomas e função do joelho.
  • Não houve diferenças significativas entre os grupos na dor no joelho após o exercício.
  • Em ambos os grupos, a maioria dos participantes ficou satisfeita com o resultado da
    intervenção (78% no MPA e 84% ​​na cirurgia com placebo) e relatou melhora (81% vs 88%,
    respectivamente) ou retorno às atividades normais.
  • O MPA foi associado a danos potenciais na forma de um risco ligeiramente aumentado de
    desenvolvimento da osteoartrite radiográfica do joelho 5 anos após a cirurgia, nenhum
    benefício na dor do joelho e na função em comparação com a cirurgia placebo.

Diante dos dados gerados, torna-se evidente que devemos nos atentar para a avaliação de
possíveis disfunções do joelho. Nesse sentido, o PHAST é uma ferramenta fisioterápica que
possui testes capazes de auxiliar o fisioterapeuta a identificar os fatores de risco associados a
essas disfunções, auxiliando no contexto preventivo. Ficou interessado em saber como o
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