Prevenção secundária de lesões por estiramento de isquiossurais: Como realizar?

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Apesar dos recursos aplicados na prevenção primária de lesões de isquiossurais no esporte, como a execução de protocolos preventivos (FIFA 11+), a incidência e a prevalência de lesões de isquiossurais não diminuíram no futebol profissional masculino (Bahr et al., 2018; Ekstrand et al., 2016).  Com isso, é necessário considerar estratégias de prevenção alternativas e complementares (Wollin et al., 2018). 

O monitoramento durante a temporada da função dos isquiossurais tem sido defendido como uma estratégia de prevenção secundária (Wollin et al., 2018).  A força isométrica de flexão de joelho de um jogador pode diminuir antes de sofrer uma lesão ou após uma partida, portanto identificar esse déficit rapidamente permite uma intervenção precoce e pode ser uma forma prática de diminuir a suscetibilidade de ocorrerem lesões no tendão (Bahr et al., 2016; Silva et al., 2018).

Pensando nisso, Martin e colaboradores (2019) compararam a ocorrência e carga de lesões nos isquiossurais em 52 jogadores sub17 de futebol masculino, no qual a prevenção secundária foi implementada além da prática padrão, em relação a um grupo controle de 22 jogadores. 

A estratégia de prevenção secundária foi implementada no grupo intervenção durante 115 partidas, na qual era realizado o monitoramento regular da força isométrica dos isquiossurais pós-jogo com intervenções individuais após resultado de cada jogador.  Nos jogadores identificados com déficit de força maior do que a mudança mínima detectável (14%) do teste anterior, foram realizadas intervenções para controle de carga juntamente com o treinador. 

A ocorrência de lesão dos isquiossurais foi significativamente menor no grupo de intervenção (n=1) em comparação com o controle (n=5). Assim como, a incidência foi menor no grupo intervenção (0,05 / 1000 horas exposição) comparada ao grupo controle (0,8/1000 horas exposição).

Portanto, este estudo mostrou que complementar a prática padrão com uma estratégia de prevenção secundária mostra potencial para reduzir o número e o impacto das lesões por estiramento dos isquiossurais no desenvolvimento profissional do futebol masculino.  Portanto, deve-se realizar a avaliação individual dos jogadores e identificar os déficits de força de isquiossurais para que as intervenções sejam realizadas precocemente. 

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