Quais são os testes e as consequências da Rigidez de Quadril?

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Níveis inadequados de rigidez articular passiva do quadril têm sido associados à ocorrência de disfunções do movimento e desenvolvimento de patologias (CARVALHAIS et al. 2010). Chesworth et al. (1991) descreveram o método padrão ouro na avaliação da rigidez articular passiva do quadril, que utiliza o dinamômetro isocinético como medida. No entanto, trata-se de um equipamento caro, que não está disponível para a maioria dos clínicos. Por isso, foi necessária a criação de um teste clínico prático e mais acessível para avaliar a rigidez da articulação do quadril durante a rotação medial.

 

A rigidez articular é influenciada pela contração muscular, rigidez passiva dos músculos e das estruturas que envolvem uma articulação. A literatura demonstra que os componentes passivos desempenham papel crucial em como a resistência ao movimento articular acontece com o mínimo de atividade muscular e gasto energético possível. Uma BAIXA RIGIDEZ dos rotadores laterais do quadril gera excesso de rotação medial nessa articulação.

 

Uma possível repercussão biomecânica é a pronação excessiva do pé na fase de apoio da marcha, podendo gerar disfunções como dor lombar, SPF, síndrome do estresse tibial medial.

Em contraponto, uma rigidez EXCESSIVA dos RL do quadril LIMITA a rotação medial, podendo limitar também a pronação do pé, comprometendo a absorção e dissipação da energia mecânica durante a marcha, sendo assim um fator preponderante para lesões, como fraturas por estresse.

Uma rigidez de quadril alterada, pode aumentar o risco de uma lesão de LCA (VandenBerg et al, 2017). Este estudo demonstrou uma amplitude de RM de 23,4 ± 7,6° para o grupo com lesão de LCA e uma amplitude de RM de 30,4 ± 10,4° no grupo controle. Além disso, houve redução do risco de lesão significativa estatisticamente (p=0,015) a cada 10º ganhos de RM.

 

Como se avalia clinicamente a rigidez passiva do quadril?

Pode-se determinar o ângulo na qual a primeira resistência a um torque específico for detectada (posição de primeira resistência detectável) ou então medir a magnitude do aumento do torque de resistência passiva quando uma articulação é movida dentro de uma determinada ADM (mudança no torque de resistência passiva). Carvalhais et al. (2010) demonstrou, a partir de pesquisas com medidas clínicas, que o teste possue correlação significativa com a medida padrão ouro e, por isso, apresenta validade e confiabilidade para obter informações sobre a rigidez passiva do quadril.

Qual aplicabilidade dos testes?

Os testes investigam possíveis excessos, diminuições de movimento e também assimetrias de rigidez de quadril entre os membros para poder associar os valores com a presença de condições patológicas e/ou padrões alterados de movimento. Portanto, são peças-chave no contexto preventivo, pois indicam quando intervenções devem ser feitas a fim de evitar lesões relacionadas a níveis inadequados de rigidez do quadril.

 

Ao verificar uma baixa rigidez em um paciente, podemos utilizar estratégias como hipertrofia muscular ou fortalecer essas estruturas em sua posição encurtada para aumento da área de secção transversa da musculatura e, consequentemente, aumentar a rigidez da mesma.

 

Caso seja necessário realizar o contrário, ou seja, reduzir a rigidez após verificar uma alta rigidez, podemos utilizar estratégias como alongamento estático, mobilização  ou fortalecimento na posição alongada (Fonseca et al. 2012).

 

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