Adaptações do Sistema Músculo Esquelético Gerados pela Prática Esportiva

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Saiba como prevenir e evitar lesões causadas pelas adaptações do SME.

 

Quer aumentar a performance do seu paciente ou atleta e prevenir que ele tenha futuras lesões? Neste post falaremos sobre a identificação de adaptação e sobrecarga  do Sistema Músculo Esquelético na prática de esportes.

 

Uma das principais capacidades do Sistema Músculo Esquelético (SME) é se adaptar aos estímulos a ele impostos durante treinos e competições. Esta adaptação, envolvendo ossos, músculos, cápsulas, tendões e tecidos moles, pode ser tanto positiva, melhorando a capacidade do sistema de absorver a energia a ser acumulada, dissipada e também suportar melhor a uma demanda específica. Importante lembrar também que o Sistema Músculo Esquelético tem papel fundamental na produção de energia, e não só na absorção da mesma.

No entanto, muitas vezes estas adaptações podem ser negativas, em situações em que ocorre interferência na função do atleta ou causam algum sintoma limitante como: dor, espasmo muscular, dentre outros. Essas adaptações negativas ocorrem muitas vezes quando há um controle inadequado da carga de treino por tempo prolongado ou quando há um histórico de lesões importante de um determinado atleta, por exemplo, deixando seu SME mais susceptível a novas lesões musculoesqueléticas.

É de suma importância observar de qual forma o SME dos atletas estão se adaptando, para evitar maior tempo de afastamento e uma possível não participação em jogos e competições. A observação destas adaptações é possível somente quando o fisioterapeuta realiza uma boa AVALIAÇÃO FISIOTERÁPICA, mensurando e quantificando todos os parâmetros possíveis dos testes aplicados, considerando o histórico de lesões e também os fatores de risco psicossociais, analisando-se tudo isto com a demanda do atleta no momento da avaliação.

Um jogador de handball que apresenta diminuição na ADM de rotação medial da articulação glenoumeral ao longo da temporada esportiva, apresenta maior risco de lesões nesta articulação e de toda musculatura envolvida seja na estabilização ou mobilização desta articulação (Tyler et al, 2010; Fieseler, 2015). Ele apresenta também maior risco para a ocorrência de instabilidade anterior do ombro devido às inúmeras repetições do movimento de arremesso neste esporte (Lubiatowski et al, 2014; Fieseler, 2015).

Além destas possíveis perdas, Fieseler et al (2015) descobriram que, nas últimas 18 semanas de seu estudo (Glenohumeral range of motion (ROM) and isometric strength of professional team handball athletes, part III), os jogadores de handball tiveram diminuição das assimetrias entre membro dominante e não dominante tanto para rotação lateral quanto para rotação medial de ombro, mesmo havendo perda significativa da ADM de rotação medial do membro dominante destes atletas de forma gradativa. No entanto, não houve diferença destes valores ao comparar os dados coletados na avaliação inicial com a avaliação ao final da temporada esportiva. Além disso, houve melhora significativa da força isométrica para rotação lateral no membro não dominante ao longo da temporada.

Saber quais são as possíveis adaptações que podem ocorrer no SME faz parte do processo de avaliação, prevenção de lesão e também de recuperação de um tecido! Além de saber quais podem acontecer, é importante avaliar quais dessas adaptações estão acontecendo no SME do seu atleta no momento da avaliação. Somente após verificar quais são as adaptações e qual a magnitude delas é possível corrigir previamente possíveis assimetrias, evitar perdas de ADM, flexibilidade ou força. Fazer um trabalho focado e assertivo na prevenção de possíveis lesões pode auxiliar o atleta a realizar uma boa temporada sem lesões.

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