KEPT: Uma maneira eficaz de quantificar o déficit de extensão de joelho

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E aí fisioterapeuta, ainda sem dar atenção às medidas quantitativas na avaliação?

Já se sabe que o déficit de amplitude de movimento (ADM) de extensão do joelho é uma das complicações mais frequentes e graves após lesões e procedimentos cirúrgicos no joelho (Fisher e Shelbourne, 1993). O déficit de extensão do joelho costuma ser observado após reconstrução do ligamento cruzado anterior (RLCA) (Fisher e Shelbourne, 1993; Irrgang e Harner, 1995) e artroplastia total do joelho devido à osteoartrite (Su, 2012).

Entre os fatores associados a esse déficit, estão:

– Hiperativação dos músculos isquiossurais associada à retração da cápsula articular (Taylor et al., 2014)

– Dor, edema e fraqueza muscular (Biggs e Shelbourne, 2006) 

– Artrofibrose articular desenvolvida após procedimentos cirúrgicos (Fisher e Shelbourne, 1993).

Além disso, a persistência dessa alteração pode levar a distúrbios da marcha, diminuição da ativação do quadríceps, aumento do estresse patelofemoral, e desenvolvimento de osteoartrite do joelho (Ektas et al., 2019; Sebastian et al., 2014; Shelbourne et al.,2012).

Nesse contexto, o teste Knee Extension Prone Test (KEPT) surge como uma alternativa inovadora, acessível e de baixo custo para avaliar o déficit de extensão do joelho. Portanto, Albano e colaboradores (2022) realizaram um estudo com o objetivo de verificar as propriedades clinimétricas do KEPT quando comparado com outros métodos comumente utilizados: goniometria, inclinometria digital e fotogrametria computadorizada.

O estudo contou com um total de 100 participantes, incluindo 52 que não relataram nenhuma lesão no joelho (GS) e 48 que relataram histórico de lesão no joelho (GL). Esses participantes tiveram as medidas da extensão coletados segundos os métodos citados acima para posteriormente terem os dados avaliados.

Curiosamente, após análise comparativa dos dados foi encontrado que:

– A validade concorrente do KEPT foi de moderada a boa em comparação com outros métodos de avaliação (0,54 – 0,78, p < 0,01);

– A confiabilidade intra (ICC 0,85) e interexaminadores (ICC 0,92), variou de boa a excelente 

– O KEPT é um método de avaliação válido e confiável tanto em indivíduos saudáveis quanto em pacientes com histórico de lesão no joelho;

Os autores da investigação destacam ainda que uma avaliação precisa é importante para o desenvolvimento de estratégias de reabilitação para evitar potenciais consequências negativas, e que uma avaliação que não fornece medidas precisas não tem valor clínico (Wellmon et al., 2016). Mostrando assim, a importância da utilização de testes validados na literatura.

Nesse sentido, o PHAST APP é uma ferramenta indispensável para um processo de avaliação bem estruturado, contendo dezenas de testes validados para uma avaliação assertiva. E você, como tem avaliado? Gostaria de ver o KEPT no arsenal de testes do PHAST APP?

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