Em alguns países, a implementação do cientista do esporte é bem definida e possui papel fundamental no desempenho junto à equipe, mas essa situação não é comum em muitos outros locais. Com isso, Yann Le Meu e Lorena Torres-Ronda (2019) descreveram, em um artigo, os principais desafios da prática do cientista do esporte
em um ambiente novo e como lidar com estas situações.
– Desafio 1 – Entender o seu contexto e se desafiar: entender o contexto e a cultura do esporte/clube e necessidade de adaptação dependendo de sua formação.
Como lidar? Entender o esporte em que você está trabalhando; Diversificar seu campo de especialização; Desenvolver processos para agilizar a análise de dados; Demonstrar curiosidade para explorar o que é feito em outras áreas.
– Desafio 2 – Construir confiança: construir confiança com cada departamento requer tempo, paciência e perseverança.
Como lidar? Compreender e respeitar o trabalho dos outros; Fazer o seu melhor para ser visto como um recurso, não como uma restrição; Reconhecer seus erros; Aceitar e apoiar a decisão da equipe.
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Desafio 3 – Maximizar a adesão dos atletas: os atletas são as peças mais importante do quebra-cabeça quando se trata de desempenho esportivo. Temos que garantir a sua participação!
Como lidar? Ouvir os jogadores; Construir relacionamentos fortes; Fornecer informações e feedback individualizado; Adotar uma atitude positiva; Ser flexível.
– Desafio 4 – Fazer bom uso da tecnologia: mesmo que a tecnologia tenha o potencial de revolucionar a avaliação, tomada de decisões, prescrição de treinamento e gerenciamento de lesões, ela nunca afetará diretamente o resultado por si só.
Como lidar? Estudar a literatura científica que inclui essa tecnologia; Identificar o presente e o futuro dessas tendências; Manter-se atualizado; Prever a quantidade de dados que este novo recurso irá gerar.
– Desafio 5 – Lidar com o excesso de dados: quanto maior o volume de dados, maior a necessidade de ter capacidade para filtrar, limpar, organizar, analisar e apresentar as informações.
Como lidar? Mensurar o que é mais importante e evoluir o processo; Relatórios baseados em planilhas; Tornar a análise de dados eficiente em termos de tempo e apresentação.
– Desafio 6 – Manter as coisas simples: temos que reconsiderar como simplificar os relatórios e as principais informações que compartilhamos durante as reuniões.
Como lidar? Menos é mais; Construir painéis interativos; Renovar constantemente os relatórios; Desenvolver pontos chaves.
– Desafio 7 – Errar por excesso de confiança: devemos usar princípios baseados em pesquisa quando apropriado, mas também devemos ser críticos e céticos sobre algumas conclusões da literatura.
Como lidar? Manter as coisas simples; Você pode não ter todas as respostas; Não se comprometa em prever coisas se a predição não for possível.
– Desafio 8 – Contribuir para a visão da organização: construir e fortalecer uma cultura impulsionada pela ciência do esporte em um clube ou federação leva tempo.
Como lidar? Entender seu contexto; Abraçar a visão e a cultura do clube; Ser proativo.
– Desafio 9 – Gerenciar o seu ritmo: reservar um tempo para verificar suas prioridades, seus princípios e como você vai administrar seu ritmo.
Como lidar? Fazer um plano de curto, médio e longo prazo; Identificar seus pontos fracos e faça o possível para resolvê-los; Hábitos e rotinas podem ajudar.
– Desafio 10 – Manter o equilíbrio certo: Gerenciar o equilíbrio entre um trabalho emocionante e sua vida privada é importante.
Como lidar? Lembrar-se dos seus esforços e conquistas; Continuar acreditando em você mesmo; Ser otimista; Dedicar tempo a si mesmo; Ter apoio social.
Os desafios são longos, mas a jornada valerá a pena! Acredite nos seus sonhos de levar a ciência do esporte para todos os cantos. O Phast contribui levando ciência de qualidade para facilitar o meio esportivo e ajudar no desafio da tecnologia. Use-o a seu favor!