5 Mitos sobre carga de treinamento, lesão e performance

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Apesar da crescente evolução na busca de evidências científicas sobre a relação entre lesões relacionadas à carga de treinamento, equívocos podem ocorrer na interpretação das informações.  Tim Gabbett esclarece em seu artigoalguns mitos sobre a carga de treinamento e sua relação nas lesões e performance.

Mito 1: Carga explica todas as lesões

Evidências mostram que cargas de treino inadequadas podem aumentar o risco de lesões e dor. Esse entendimento, quando mal interpretado, pode dizer que a carga, explicaria todas as lesões (Dakic et al., 2018). No entanto, os fatores que determinam a performance e lesão são multifatoriais, sendo que a adaptação ao treinamento pode ser influenciada (positiva ou negativamente) por fatores biomecânicos,  assim como fatores emocionais, estresse, ansiedade e sentimentos de “perfeccionismo” e auto culpa”.

Mito 2: Regra dos 10%

Existe um mito popular em que a carga de treinamento não deve exercer 10% a cada semana e, por isso, esse método se tornou popular para prescrição, principalmente em esportes de resistência. É esperado que um rápido aumento na carga de treinamento possa aumentar o risco de lesões, porém, não existe uma regra de 10%, uma vez que alguns indivíduos podem tolerar progressões semanais em torno de 20% a 25%, por curtos períodos (Gabett, 2018).

Embora o consenso seja que grandes mudanças semanais na carga de treinamento aumentem o risco de lesões em atletas de esportes individuais e coletivos, essas mudanças na carga de treinamento devem ser interpretadas em relação à carga crônica de cada atleta.

Mito 3: Evite picos e quedas a todo custo

A carga de treinamento semanal (aguda), quando aumentada em relação a carga de treinamento à longo prazo (crônica),determina a proporção de carga de trabalho aguda-crônica (ACWR). Aumentos rápidos (picos) e reduções bruscas na carga de trabalho imposta foram associados diversas vezes ao risco de lesões.

Quando a ACWR estava dentro da faixa estimada por Gabett 2018 (0,8-1,3), onde a carga de treinamento aguda era aproximadamente igual à carga de treinamento crônica, o risco de lesão era relativamente baixo. No entanto, quando o ACWR foi ≥1,5 a carga de treinamento aguda foi muito maior, levando à um risco de lesão relativamente alto. Seguindo a base vista no mito 1, os fatores que determinam a ocorrência de lesão são multifatoriais, com isso, mesmo que o atleta esteja em um alto risco, a lesão pode não acontecer(Gabett, 2018).

Mito 4: 1,5 é a mágica do ACWR

Embora a probabilidade de lesão seja aumentada em um ACWR ≥1,5, é importante ressaltar que esse não é um número mágico. Devido à natureza multifatorial das lesões, uma única variável de monitoramento de treinamento não écapaz de prever eventos lesivos.

Ao invés de focar somente na ACWR, os estudos aconselhama estratificar os jogadores de acordo com fatores de carga de trabalho – lesão, como: idade, treinamento e histórico de lesões, qualidades físicas. Além disso, deve-se interpretar as variáveis ​​de carga interna e externa em combinação com dados de bem-estar, capacidade física e fatores conhecidos por influenciar o risco de lesões. Os profissionais das equipes de elite utilizam os conhecimentos desses fatores para  maximizar a performance e minimizar o risco de lesões nos atletas.

Mito 5: É tudo sobre proporção

Foi evidenciado que embora “picos” na carga de treinamento aumentem o risco de lesões, jogadores com cargas de treinamento crônicas maiores tiveram um risco cinco vezes menor de lesões do que aqueles com cargas de treinamento crônicas baixas. 

O efeito protetor do treinamento pode vir de duas formas: exposição à carga, que permite que o corpo tolere a carga, e o treinamento, que desenvolve características físicas (força, corrida prolongada de alta intensidade e aptidão aeróbia) que estão associadas a um risco reduzido de lesões.

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