A influência da posição do tronco na sobrecarga do tendão patelar

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A tendinopatia patelar (TP) é uma das causas mais comuns para dor anterior no joelho em atletas, sendo que esportistas do sexo masculino tem 3 vezes mais chance de desenvolver TP em comparação com esportistas do sexo feminino. Segundo Kettunen et al., 2002 53% dos atletas com TP desistem da prática esportiva devido a dores no joelho, configurando assim uma importante disfunção.

A sobrecarga no tendão patelar se apresenta como um fator importante para o desenvolvimento da TP (Abate et al., 2009; Cook et al., 2009). Sendo assim, se faz importante a compreensão de fatores que reduzam a sobrecarga no tendão patelar durante a prática esportiva, tendo em vista a reabilitação e prevenção da TP.

Atletas com disfunção no tendão patelar tem padrão biomecânico de aterrissagem anormal comparado com atletas saudáveis. Esse padrão requer que a energia seja dissipada mais rapidamente, o que gera um aumento na força de reação do solo e consequente sobrecarga articular no joelho.

No estudo de Scattone et al., 2017 com 21 atletas de elite do voleibol e do basquete, foi investigado o efeito imediato da alteração da posição do tronco no plano sagital sobre as forças no tendão patelar, a biomecânica dos membros inferiores e dor no joelho durante a aterrissagem em atletas com TP.

Os atletas foram alocados em 3 grupos, levando em consideração critérios clínicos e de imagem.

1) Grupo com tendinopatia patelar: atletas que apresentavam dor localizada no tendão patelar, confirmado por palpação e sintomatologia presente durante tarefas com carga no tendão (ex: saltos e agachamentos) por pelo menos 3 meses.

2) Grupo com anormalidades morfológicas no tendão patelar: atletas com áreas hipoecóicas no tendão patelar, mas sem sintomatologia no tendão por pelo menos 1 ano.

3) Grupo controle: atletas assintomáticos, e sem anormalidades no tendão patelar., foi pedido aos atletas que realizassem aterrissagens segundo 3 posições do tronco, sendo elas: posição auto selecionada, flexão de tronco e extensão de tronco.  Com isso, o estudo demonstrou que a aterrissagem com flexão de tronco levou a uma redução imediata na força do tendão patelar de 8% em comparação com a aterrissagem auto selecionada além da diminuição imediata da dor em atletas sintomáticos. Em relação a cinemática do tornozelo, foi observado que o grupo tendinopatia apresentou menor ADM de dorsiflexão em comparação com o grupo controle, independentemente da posição do tronco.

Esses achados são clinicamente relevantes, portanto, é importante que durante a avaliação o fisioterapeuta observe, dentre outros fatores, a posição do tronco do atleta na aterrissagem. O PHAST é uma excelente ferramenta de avaliação fisioterápica, que ajuda a guiar o raciocínio clínico do fisioterapeuta no contexto preventivo. Ficou interessado em saber como o PHAST funciona?

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