Dentro de um programa de reabilitação baseado em exercícios, você saberia escolher a carga ótima para prescrever aos seus pacientes?
Afinal: o que é carga ótima?
Glasgow et al (2015) definiu como carga ótima aquela que, quando aplicada a estruturas corporais, como por exemplo o tendão, geram uma adaptação fisiológica adequada, ou seja, relação volume x intensidade apropriada para ter efeitos na natureza, estrutura e função do sistema neuromusculoesquelético.
Cargas mecânicas vão estimular o desenvolvimento de mecanismos celulares e neurais. Esses estímulos
terão o objetivo de obter alterações como: aumento da resistência à tração, reorganização do colágeno, aumento da rigidez musculo-tendão ou reorganização neural, ou seja, adaptações positivas no tecido biológico!
Princípios para encontrar a carga ótima:
1 – Fazer com que as cargas aplicadas e os exercícios prescritos foquem na funcionalidade do indivíduo e incluam estímulos neurais;
2 – Direcionar as cargas para que elas sejam adequadas à recuperação dos tecidos lesionados e atendam à individualidade de cada lesão ou indivíduo;
3 – Melhorar a adaptabilidade do tecido a diferentes tipos de cargas, sendo elas compressivas, tênseis e de cisalhamento.
4 – Os exercícios devem variar em magnitude, direção, duração, frequência, intensidade e natureza, a fim de facilitar a aprendizagem motora e desenvolver a interação adequada do tecido para um movimento eficiente.
Para diferenciar: Carga ótima x Carga sub-ótima
Carga ótima
- Direcionada para tecidos apropriados.
- Carga através de movimentos funcionais.
- Mix de cargas compressivas, tênseis e de cisalhamento.
- Variabilidade em magnitude, direção, duração e intensidade.
- Associada a estímulos neurais.
- Adaptado a características individuais.
- Funcional.
Carga sub-ótima
- Carga generalizada e não específica.
- Carga através de movimentos limitados.
- Carga exclusivamente de uma única forma.
- Carga constante e unidirecional.
- Estímulo neurológico mínimo.
- Genérico e não individualizado.
- Carga segmental isolada
Portanto, a carga ótima para uma adaptação específica deve considerar a integração de todo o sistema neuromusculoesquelético. Para isso, ela deve ser apropriada para os tecidos alvo e progredir de forma gradual em termos de magnitude, direção e intensidade.
O objetivo do fisioterapeuta é identificar, por meio de uma avaliação criteriosa, a dificuldade do indivíduo de realizar um movimento que esteja proporcionando estímulos mecânicos e neurais além de suas capacidades e intervir,
evitando a má execução, o movimento rígido ou a sobrecarga excessiva.
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