Dor anterior no joelho – Síndrome da Dor Patelofemoral

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A Síndrome da Dor Patelofemoral (SDPF) é prevalente em indivíduos jovens e fisicamente ativos, sendo que 70 a 90% deles tem dor recorrente ou crônica (STATHOPULU et al., 2003). É uma das principais causas de dor anterior no joelho que além do quadro álgico, causa crepitação, diminuição e/ou limitação das atividades do indivíduo.

Segundo Petersen et al., 2013 a causa do quadro clínico é multifatorial, mas, na maioria das vezes, está relacionada com distúrbios funcionais do membro inferior. Sendo assim, a compreensão das possíveis causas locais (mecânica da articulação patelofemoral e das estruturas adjacentes) e não locais (contribuição mecânica do complexo tornozelo-pé, pelve, quadril e tronco) da condição é muito importante durante o raciocínio clínico do profissional, uma vez que a SDPF pode ser tratada de forma eficiente com a fisioterapia (PODERES et al., 2012).

A revisão sistemática de Petersen et al., 2013 demonstrou que o desenvolvimento da SDPF pode estar relacionado com alguns fatores biomecânicos, como: a hipermobilidade patelar (WITVROUW et al., 2000), o desequilíbrio de ativação dos músculos vasto lateral e vasto medial oblíquo (PAL et al., 2011), valgo dinâmico (PARK et al., 2011), diminuição da estabilidade de quadril (PADUA et al., 2005) e da força de abdutores de quadril (BOLGLA et al., 2008), aumento da eversão do retropé (BARTON et al., 2010) e encurtamento de isquiossurais (PATIL et al., 2011).

Esses fatores podem estar associados ou isolados no desenvolvimento da SDPF e causam sobrecarga da articulação, aumentando a demanda sobre as estruturas na região patelofemoral que, se não estiverem preparadas biomecanicamente para receber esse fluxo de energia, vão contribuir para a ocorrência do quadro clínico.

Devido ao fato de que a SDPF pode ter origem causal diversa, é muito importante que, durante a avaliação, o fisioterapeuta observe a dinâmica corporal do paciente em atividades como subir/descer escadas, teste a força de abdutores, RM e RL do quadril, rigidez de RL, dominância de ativação de VL e VMO e também faça medidas de alinhamento do complexo tornozelo-pé.

Através da avaliação, o profissional pode identificar os links fracos na cadeira corporal do paciente e criar o seu raciocínio clínico, que vai guiar na tomada de decisões para o programa de tratamento e/ou prevenção do quadro clínico.

O consenso publicado pelo Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy (JOSPT) em 2012, demonstrou evidências de que o tratamento da SDPF feito somente com a atuação da fisioterapia, demonstrou efeitos positivos. Sendo assim, fica evidente a importância de uma avaliação fisioterapêutica de qualidade no contexto da SDPF.

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