O futebol é um dos esportes que mais cresce no mundo atualmente (Crossley et al., 2019). Quando pensamos em futebol feminino, seja ele profissional ou amador, o perfil de risco para lesões se difere do masculino. O risco de lesão no joelho, por exemplo, é cerca de duas vezes maior em mulheres do que em homens, independente da exposição ao treino. (Montalvo et al., 2019).
As lesões ocorrem por interações de múltiplos fatores (Bittencourt et al., 2016) e a aplicação de programas de prevenção de lesões se torna uma alternativa eficaz para evitar a ocorrência desses quadros lesivos em atletas. Esses programas são geralmente baseados em exercícios e se concentram em melhorar a força, equilíbrio e gesto esportivo. Além disso, eles incluem vários componentes de treinamento, como agilidade, equilíbrio, mobilidade, atividades pliométricas, corrida e força (Crossley et al., 2019).
Quais componentes reduzem as taxas gerais de lesões no futebol feminino
Segundo a revisão sistemática realizada por Crossley et al., 2019, programas de prevenção de lesões que incorporam vários componentes baseados em exercícios podem reduzir as taxas gerais de leões em 27% e as taxas de lesões de LCA em 45%. Quando incluíam programas de prevenção de componente único, as taxas de prevenção não obtiveram tanto sucesso, sendo 22% e 38% respectivamente.
As lesões gerais em jogadores de futebol de ambos os sexos analisadas pela revisão (n=11.773), foram reduzidas em 22% com um programa de prevenção de lesões baseadas em exercícios para componentes simples e multicomponentes. Além disso, elas foram reduzidas em 27% quando examinados apenas programas de multicomponentes. As lesões no joelho, tornozelo e quadril/virilha foram reduzidas em jogadoras de futebol feminino (joelho 15%-17%; tornozelo 17% -22%; quadril / virilha 25%- 29%) e as lesões nos isquiossurais foram reduzidas em 40% a 60% em todos os estudos.
Os autores concluíram que evidências de baixa qualidade sugerem que programas com multicomponentes de prevenção de lesões baseados em exercícios reduziram as lesões gerais e de LCA, sendo observado reduções significativas para lesões no joelho, tornozelo e quadril/virilha. Pensando nisso, o PHAST gera resultados parametrizados com identificação perfil de risco do atleta, indicando de forma direta os componentes do sistema musculoesquelético que precisam de atenção do fisioterapeuta no contexto preventivo do seu cliente.
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