Lesões em atletas overhead estão associadas a amplitude de movimento do ombro na pré temporada.

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Lesões no ombro e cotovelo por overuse são comuns em atletas arremessadores, independentemente da idade, sexo e nível de competição (McLeod et al., 2011; Tate et al., 2012; Myklebust et al., 2013; Verhagen et al., 2004; Pluim et al., 2006).

Fatores de risco extrínsecos como modalidade esportiva, intensidade de treinamento, número de jogos por semana e número de arremessos ou arremessos por jogo e durante um ano (Giroto et al., 2017; Norton et al., 2018; Pasulka et al., 2017; Jayanthi et al., 2013; Olsen et al., 2006) podem contribuir para essas lesões devido a carga repetitiva nessas
articulações sem tempo suficiente para recuperação.

Os fatores intrínsecos podem ser não modificáveis como idade, altura, sexo e lesão anterior (Giroto et al., 2017; Norton et al., 2018) ou modificáveis como déficits da amplitude de movimento articular (ADM) não relacionados à torção umeral (Camp et al., 2017; Shanley et al., 2011; Walker et al., 2012; Forthomme et al., 2013; Clarsen et
al., 2014; Keller et al., 2018; Bullock et al., 2018) força (Byram et al., 2010; Edouard et al., 2013) e controle neuromuscular (Hickey et al., 2018), pois seus efeitos podem ser modificados através de programas direcionados de prevenção de lesões (Bahr R, 2016).

Assimetrias de ADM do ombro são resultado de demandas repetitivas desses esportes (Shanley E et al., 2012; Freehill MT et al., 2011; Fieseler G et al., 2015), mas também podem se tornar um fator de risco para lesões quando atingem valores específicos.

Pozzi et al.2020, através de uma revisão sistemática e metanálise resumiram as evidências disponíveis, avaliaram a qualidade dos métodos de pesquisa e a associação da ADM do ombro na pré-temporada com o risco de lesões no ombro e cotovelo de atletas overhead. Ao todo foram incluídos 3750 atletas sendo 3026 de beisebol, 103 de
softbol , 428 de handebol ,55 de tênis, 64 de vôlei e 74 de natação.

Após análise dos dados foi observado que:
– A taxa geral de lesões no ombro e cotovelo foi de 17% (666/3750).
– A taxa de lesão no beisebol foi de 14% no softbol 9%, no handebol 43%, no tênis 44%, no vôlei 4% e na natação 23%.
– Nadadores com rotação externa do ombro baixa (<93 °) ou alta (> 100 °) apresentaram maior risco de lesões.
– Nos arremessadores profissionais de beisebol, a diminuição de rotação externa do ombro (braço arremessador <5 ° maior que o braço não arremessador) estava associada a lesão.

Com isso, fica clara a importância da avaliação pré temporada para a busca ativa do perfil de risco de atletas com, por exemplo, assimetrias de ADM de ombro e para coleta de informações que serão úteis para projeção de programas de prevenção (Bahr R, 2016). O PHAST é uma ferramenta que auxilia o fisioterapeuta de forma prática em sua
avaliação e raciocínio clínico, além de gerar relatórios customizados.

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