Mensuração da mobilidade torácica: existe um método confiável?

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A coluna torácica é uma região que foi negligenciada quando se trata do consenso sobre os métodos clínicos padrão-ouro para medida da amplitude de movimento (ADM) (Edmondston et al., 2012; Johnson & Grindstaff, 2010). Uma das dificuldades de mensuração, é devido à influência de outras articulações na movimentação torácica (Kuo, Tully, & Galea, 2009). Ademais, essa região é amplamente exigida em diversas práticas esportivas e a baixa mobilidade torácica tem sido associada ao aumento da dor cervical e lombar (O’Gorman & Jull, 1987) e lesões do ombro (Lewis & Valentine, 2010). 

Visto a necessidade da avaliação da mobilidade torácica e melhor investigação sobre a participação desse fator na ocorrência de lesões, Furness et al., 2015 tiveram como objetivo estabelecer um método confiável para quantificar o movimento torácico no plano sagital de duas maneiras. Além disso, estabelecer um ponto de corte dessas medidas em atletas elite de surf comparado à sujeitos saudáveis (grupo controle). 

Os testes foram de mobilidade torácica no plano sagital e o teste de rotação torácica, os quais estão descritos detalhadamente no artigo e ilustrado nas imagens. 

Para mensuração da mobilidade torácica em plano sagital foi utilizado uma fita métrica e um novo dispositivo digital do mercado chamado HALO (model HG1, HALO Medical Devices, Australia). Para o teste de rotação torácica foi utilizado um inclinômetro.

Os achados do estudo foram:

  • Valores de confiabilidade intra-avaliador variam de 0,96 – 0,99 para o teste de mobilidade torácica no plano sagital
  • Valores de confiabilidade intra-avaliador variam de 0,96 – 0,98 para o teste de rotação torácica
  • O ponto de corte para o teste de mobilidade torácica no plano frontal foi de 81,33º no método HALO e 9,86 cm na fita métrica para os atletas de surf. Não houve diferença significativa quando comparada ao grupo controle.
  • O ponto de corte para o teste de rotação torácica foi de 63º com o inclinômetro. Os atletas de surf tiveram rotação torácicasignificativamente maior do que o grupo controle. 

Portanto, este estudo revelou excelentes valores de confiabilidade intra-avaliador para os testes de mobilidade e rotação torácica. Esses testes podem ser clinicamente aplicáveis na rotina do fisioterapeuta para quantificar esse movimento que, muitas vezes, é negligenciado na avaliação.

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