Programas de prevenção são efetivos para atletas jovens arremessadores?

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Lesões no ombro e cotovelo são comuns em jogadores de beisebol de todas as idades (Sakata et al., 2017). Wilhelm e colaboradores encontraram um aumento na incidência de lesões graves em jogadores profissionais que iniciaram a carreira precocemente.

Dessa forma, a implementação de estratégias eficazes com foco na prevenção de lesões em atletas arremessadores é importante. Para isso, são utilizados abordagens focadas nos fatores derisco, que incluem déficit da amplitude de movimento (ADM) de extensão do cotovelo (Sakata et al., 2017), rigidez da cápsula posterior do ombro (Shanley et al., 2011; Tyler et al., 2014), diminuição da ADM de rotação do ombro e do quadril (Harada et al., 2010; Sakata et al., 2018), fraqueza do manguito rotador (Tyler et al., 2014), disfunção escapular (Myers et al., 2013), postura cifótica (Sakata et al., 2017; Sakata et al., 2018) e déficits de equilíbrio unipodal (Yukutake et al., 2014).

Dessa forma, Sakata e colaboradores modificaram um programa de prevenção existente e, para testar sua eficácia, randomizaram 16 times em 2 grupos: grupo controle (8 equipes e 110 jogadores) e grupo intervenção (8 equipes e 109 jogadores), com atletas entre 9 e 11 anos de idade. Os participantes do grupo intervenção foram instruídos a realizar os exercícios incluídos no programa adaptado denominado Yokohama Baseball – 9 modificado (Mykb-9) durante o aquecimento, enquanto os participantes do grupo controle continuaram seu aquecimento habitual.

O programa incluía exercícios de alongamento com o objetivo de melhorar a ADM do cotovelo, ombro e quadril, exercícios de mobilidade dinâmica com foco na função escapular e torácica e treinamento de equilíbrio de membros inferiores.

Após um ano de acompanhamento, a análise dos dados indicou que:

  • 42 jogadores (38,2%) do grupo controle tiveram lesões no ombro e/ou cotovelo no braço de
    arremesso, enquanto apenas 24 jogadores (22,0%) do grupo intervenção tiveram essas lesões.
  • A incidência geral de lesões no ombro e/ou cotovelo foi de 1,7 por 1000 exposições do atleta
    (EAs) no grupo de intervenção e 3,1 por 1000 EAs no grupo de controle.
  • As taxas de lesões no cotovelo nos grupos de intervenção e controle foram de 1,2 por 1000
    EAs e 2,1 por 1000 EAs, respectivamente. Enquanto nas lesões no ombro foram de 0,6 por
    1000 EAs e 1,2 por 1000 EAs.

Os achados do estudo de Sakata e colaboradores indicam, mais uma vez, a importância do processo avaliativo na busca por atletas com perfil de risco a fim de implementarem intervenções mais assertivas para reduzir as chances de lesão.

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