Quais critérios usar para um retorno ao esporte mais seguro?

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A reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) é o tratamento usual para atletas após ruptura do LCA, seguido por uma reabilitação baseada em evidências para restaurar a função do joelho (Van Meick N et al., 2016; Wright RW et al., 2015). As consequências de curto e longo prazo de uma lesão de LCA incluem fraqueza muscular, déficits funcionais, menor participação em esportes, aumento do risco de nova lesão no joelho e osteoartrite de joelho (OA) (Paterno MV., 2012; Paterno MV., 2014; Øiestad BE., 2009; Grindem H., 2014). 

A melhora nas restrições de atividade com base no tempo pós-cirúrgico e no estado funcional foram para permitir o retorno mais seguro possível ao esporte (Thomeé R et al., 2011; Barber-Westin SD et al., 2011). Entretanto, não há nenhuma evidência clara para orientar se a participação em esportes que envolvam saltos, giros e cortes deve ser adiada ou para orientar o nível funcional que o paciente deve atingir antes de retornar a esportes dessa natureza.

Portanto, o objetivo do estudo de Grindem e colaboradores foi avaliar se o risco de uma nova lesão no joelho em 2 anos após a reconstrução do LCA estava associado ao retorno aos esportes de saltos, giros e cortes, ao tempo de retorno ao esporte e ​à função do joelho antes de retornar a prática esportiva.

A bateria de teste para retorno ao esporte (RTE) (Barber-Westin SD et al., 2011; Logerstedt D et al., 2014; Hartigan EH et al., 2010) investigada neste estudo consistiu em teste de força isocinética do quadríceps, quatro testes de salto (single hop test, crossover hop test, triple hop test e 6 meter timed hop test), e dois questionários de função: o Knee Outcome Survey, uma Escala de Atividades da Vida Diária (KOS – ADLS) e a escala de classificação global de função (Logerstedt D et al., 2014; Hartigan EH et al., 2010).

Após análise da amostra com 100 indivíduos, na qual 74 eram participantes de esportes com giros, saltos e cortes e 69 foram submetidos a testes funcionais antes do RTE, os autores demonstraram que: 

– Dos 5 participantes que não foram submetidos a bateria de testes, um não compareceu a nenhuma fase de acompanhamento, e todos os outros quatro pacientes sofreram uma nova lesão no joelho dentro de 2 meses após o retorno.

– No total, 18 dos 74 pacientes (24,3%) foram classificados como tendo passado nos critérios funcionais antes do RTE.

– Dos 55 pacientes que falharam nos critérios de RTE, 21 (38,2%) sofreram novas lesões no joelho. Apenas 1 dos 18 pacientes (5,6%) que passaram nos critérios de RTE sofreu uma nova lesão no joelho.

– Nossas descobertas apoiam o uso de critérios RTE baseados em tempo e funcionais. Houve uma taxa estimada de 84% mais baixa de novas lesões no joelho em pacientes que passaram nos critérios RTE, uma magnitude de alta relevância clínica. 

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