Programas para prevenção de lesões são efetivos em jogadores de vôlei?

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O voleibol é um dos esportes mais populares do mundo, entretanto a sua prática leva a um risco inerente de lesão musculoesquelética. A incidência de lesões no esporte varia de 1,7 a 10,7 lesões a cada 1000 horas de exposição, sendo em sua maioria no tornozelo, joelhos e ombros (Fédération Internationale de Volleyball, 2018; Kilic et al., 2017).

Na Holanda, a cada temporada cerca de 25% dos jogadores de voleibol recreacionais se lesionam (cerca de 29.000 jogadores por temporada), enquanto a taxa de incidência chega a 5,7 lesões a cada 1.000 horas de exposição (Instituto Holandês de Segurança do Consumidor, 2015). Dessa forma, um programa de aquecimento baseado em exercícios foi desenvolvido na Holanda (Gouttebarge et al., 2017).

Embora programas baseados em exercícios tenham sido considerados eficazes na redução de lesões em outros esportes, no entanto havia a necessidade de avaliar a eficácia de um programa específico para o voleibol (Hislop et al., 2017; Thorborg et al., 2017; Van Mechelen, Hlobil & Kemper, 1992).

Sendo assim, Gouttebarge e colaboradores (2020) conduziram um estudo prospectivo randomizado controlado para avaliar a eficácia desse programa na incidência de lesões, ao longo da temporada 2017-2018 de um campeonato de voleibol adulto recreativo.

O estudo contou com 348 atletas no grupo intervenção, que realizaram um programa de aquecimento baseado em exercício com duração de 15 minutos (Gouttebarge et al., 2017) com objetivo de prevenir ou reduzir a taxa de lesões agudas e por uso excessivo, com foco nos ombros, tornozelos e joelhos. Já o grupo controle, contou com a participação de 324 atletas que foram orientados a realizar o aquecimento usual.

O programa proposto consistiu em aquecimento cardiovascular preparatório de 2 a 3 minutos, exercícios de estabilidade central de 2 a 3 minutos, exercícios dirigidos para prevenção de lesões no joelho de 4 a 5 minutos, exercícios direcionados para prevenção de lesões no ombro de 4 a 5 minutos e exercícios direcionados a lesões no tornozelo de 2 a 3 minutos.

Após análise dos dados, foi observado que:

  • A taxa de incidência de lesões agudas foi 21% menor no grupo intervenção;
  • Não houve diferença significativa entre os grupos em relação à a taxa de lesão por sobrecarga, à gravidade das lesões e ao tempo de afastamento do esporte.

Foi demonstrado, dessa forma, que um programa de prevenção de lesões focado no voleibol, foi capaz de reduzir significativamente a taxa de incidência de lesões agudas.

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